segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Lara ogra

Quinta passada, dia 28, foi a apresentação de fim de ano da turma do nível III.

Coisa linda sabe, as meninas vestidas de fada, os meninos de magos e eles cantando uma música da qual não entendi bulhufas porque estava só olhando pra minha filha no palco - Sorry humanos, não me perguntem como foi a apresentação no geral, o contexto, a letra... eu não vejo (aliás a única vez que prestei atenção à isso fiquei tão louca da vida por achar o tema mal trabalhado e pelas breguices que não olho mais, pelo bem da convivência.).

Pois é, aí foi lindo, desta vez ela fez a "coreografia", se envolveu, sorriu e eu achei que valeu a pena comprar asa de fada, fazer varinha, maquiar e talz.

Eis que quando ela desce, eu a recebo, dou beijo, digo que foi lindo e quando pergunto o que ela achou ela destila toneladas de toda sua ogrice:

- Mãe eu soltei pum lá em cima.

(Shrek seu lindo, pode mandar pensão que a filha é tua tá?)

Lara agramatical

Este fim de semana foi especialmente ruim em termos de lidar com esta cara de pipoca. Ela estava muito rebelde, chata, elétrica e te digo: só o que a salva nessas horas são as palavras erradas que ela fala de um jeito todo cheio de segurança, como se estivessem certíssimas.

Lara, como é o nome daquele negócio que o palhaço faz com as bolas, jogando um monte pro alto, sem deixar cair no chão?

- Barbarismo mamãe.

Lara e qual é mesmo aquela letra que tem no meio do nome da mamãe (Y) e tem no seu último nome?

- Ístopom mãe, Ístopom, não esquece.

Como é que chama o negócio que faz mexer as rodas do carro hein?

- Rolante.

Será que você está doente Lara?

- Tô sim mãe, tô com temperatula e também tô com garganta.

Lara, escreve aqui na folha o nome do Eduardo:

- É assim mãe T-A-I-Á (pra saber porque ela chama o irmão de taiá vai todo um estudo de caso fonético)

E assim, de errinho em errinho, eu vou rindo e aturar os dias de cão dela fica mais leve.

Lara Indócil

Ontem fomos com Laroca visitar uns amigos. Eles tem uma filha de 6 anos, a linda Giovana. Ocorre que Giovana e Lara tem personalidades conflitantes.

Giovana é uma líder nata. Faz amizade rápido e tudo corre bem se as outras crianças forem solícitas no momento em que ela começa a mandar. Ela vai logo dando instruções, pondo ordem, comandando a brincadeira e tem um tom e um semblante de quem manda. Ela não faz isso de maneira ríspida. É natural e isso faz com que as outras crianças acabem "entrando na onda" dela.

Aí, né... ontem foi dia dela brincar com a Laroca, que ontem estava no seu estado de pipoca azeda. Lara é o oposto da Giovana. Ela não se importa muito em mandar, gosta mesmo é de fazer bagunça junto. Ela tem algo de facilidade de agir em grupo. Mas veja... desde que no grupo, ninguém fique ditando ordens. Aí ela empaca. 

- Lara fica deste lado, coloca o brinquedo assim que a a gente vai brincar deste jeito... - Diz Giovana
- Não - resposta seca da Lara.


E ela sai dizendo NÃO pra tudo. Deixando a outra revoltadíssima e estressada, pois ela não apenas não quer obedecer, ela faz questão de não mandar de volta, não propõe o "jeito dela".  Ela diz não e acabou. 
Isso deve dar um nó na cabeça das outras crianças, pois não há uma luta pra ver quem manda mais, ou uma disputa de interesses. Há apenas uma querendo mandar e outra fazendo questão apenas de não obedecer.

Muito louco isso. Bem, elas não se estapearam, e brincaram sei lá como até a hora que fomos embora. Não sem um último entrevero:

- Ô tia a Lara não que ajudar a guardar os brinquedos e minha mãe disse que tem de guardar.
Eu: "Larinha, ajuda a guardar os brinquedos, pois você brincou também"
Lara: "Não. não quero guardar, não quero parar de bincar e não quero ir embola"

Ai meu santo.