Hoje minha aprendiz de gente estava com um bad-aid no tornozelo, porque raspou no cimento (vocês sabem, ela é delicada feito coice de mula e se machuca bastante). Foi então que depois de uma meia hora de colocado o curativo ela ficou olhando para a manchinha de sangue que ficou e se pôs a filisofar:
- A gente não é feito de algodão né mãe?
- Claro que não né Lara, senão a gente ia murchar quando tomasse banho.
- não mãe, tô falando por dentro... a gente não é de algodão por dentro.
- hummm é não somos.
Aí ela olha pro machucado: "a gente é de sangue por dentro!!!"
Comecei a achar a conversa sensacional e botei mais lenha:
- A gente tem sangue e carne por dentro sabe...
- Carne, carninha? Bem vermelha?
- É filha mas não é de comer, é assim carninha de gente, carninha de fazer pessoas.
Ela pareceu não achar aquele papo nada sensacional e me cortou: "tá, deixa eu ver meu desenho mãe"
>> Não alopre, se seu filho disser que é feito de sangue, deixa assim, esse negócio de carninha ela achou bizarro.